domingo, agosto 29, 2004

Love can stop the fear (ou meus agradecimentos e vamos em frente que atrás vem gente)


As vezes eu penso que este amor não tem sentido
Um amor que me deixa inseguro
Não tem futuro
Um amor que tem medo
Morre cedo
Um amor que cobra ser correspondido
Está fodido

(Sofrer de amor é foda
E está fora de moda)

Um amor que tem medo de perder
Está prestes a morrer
Um amor que sabe pouco deste amor
Está louco e sente dor
Um amor que se cuida e se comporta
Mais cedo ou mais tarde roda

Então foda-se
O medo pode acabar com o meu amor
Mas amar pode acabar com o medo.

sexta-feira, agosto 27, 2004

...


Tres meses. E não era nem pra ser Trajana. Era pra ser nem sei, tinha outro nome, tava pensando em falar da minha solidão, voltar a escrever um pouco, me comunicar com a minha irmã, falar de outras coisas, de espiritualidade, sei lá. Pai nosso que estais no céu, porque ninguém que valha a pena, porque ninguém que me apareça que eu queira, que me queira? Fazia tempos que um amor não dava as caras. E eu na caverna, e eu muito sério. E de repente Riberta. E parece brincadeira, virou uma história de amor. A mais séria da minha vida. Muito cuidado com o que você pede. No dia dos namorados, 11 de junho, foi assim: enlouqueci. E só Riberta e só Riberta e aí virou Trajana e eu que não tinha a mínima idéia do que seria isto, pois de repente tantos poemas, e junto tanta gente boa, e links e comentários. O cara de um tema só. Há tempos queu não lia tanto. E tanta coisa bonita. Mas agora eu tenho medo. E a despeito de poemas emocionados e elegias, eu sofro. Sofro porque tenho medo. Dela não corresponder. Disto passar. Dela atravessar a rua. De eu não ser capaz. Sofro de medo de sofrer. Passei a me preocupar. Se sou bonito o suficiente, se atraente, se trepo bem, se ganho o suficiente, se ela gosta. Passei a me desdobrar. A me comparar. E a ter ciúmes. Depois de tanto tempo e de tanta idade, um amor adolescente. E de repente não consigo nem mais trabalhar, porque só penso nela em obsessão. E milhões de poemas e idéias e presentes, e trabalho menos ainda e bem menos tempo, porque agora também leio, visito, comento e tenho um blog. Isto não vai dar certo.

domingo, agosto 22, 2004

...e Rendição


No mundo de todos os olhos
Faltam dois
Eu os tirei do mundo
E os fiz só meus
E agora só vejo o mundo
Que existe nos olhos teus

quinta-feira, agosto 19, 2004

Captura


Sonhar
Com o que teus olhos buscam
Não me é nada
Teus olhos buscam um sonho
Uma surpresa
Teus olhos não buscam nada
E surpresa!
Já são meus
Os olhos que te buscam

domingo, agosto 15, 2004

Armadilha


Porque não consigo
Fixar meu olhar
É que mais tento fugir
Pois se me distraio
Por um instante sequer
Fico preso em seus olhos
E sou capaz de te amar

quinta-feira, agosto 12, 2004

...

Você adorou a surpresa e eu adorei meu fim de semana. É justo. Estas coisas tem sempre uma ligação secreta. E eu precisava dizer, da minha maneira, o quanto você tem sido importante, o quanto tem sido legal estar com você e etc.

E depois, você mesmo me falou da teoria: tem sempre alguém de olho. Então melhor fazer as coisas direitinho, meus planos são ambiciosos e não quero que falhem, vai que deixo alguma coisa a desejar e ponho tudo a perder...rsrsrs...

Bom, já tô cantando o samba do avião e tô voltando, primeirão da fila e nariz pronto pra sentir o cheirinho de maresia já da escada do avião, taí outro prazer que só quem vem pra cá toda semana é capaz de antecipar - você não tem idéia do prazer que isto me dá.

domingo, agosto 08, 2004

Mas então voltei...


...E depois de toda ausência
Fiz um amor lindo
Beijei a estrela até virar nova
E fui beijado até ser de novo
Eu
E enquanto a tocava
E me tocava
Subíamos juntos
Para nos encontrar lá dentro
Lá onde o mundo nasce
E faz a curva
Onde tudo turva
Viramos sóis.

terça-feira, agosto 03, 2004

Uma fungada de cangote e uma garrafa de scotch


Hoje vou aproveitar a distância e não falo do meu amor. Vou falar dela e pra ela. Porque é verdade, eu admito. Mesmo apaixonado, imerso até as mitocôndrias neste estado de urgência e atenção, tenho ido visita-la quase todo dia. Explícita ou sorrateiramente, com melhores ou piores intenções. E eu sempre trago algo, tem sempre alguma coisa queu preciso, que me prende, que me acorda. E aí ela falou da minha saudade. E eu não sei retribuir, não depois do tanto queu li dela e sobre ela. Pois saiba então, rachel, que tuas palavras me vem tão galopantes, mas tão galopantes, que eu nem sempre entendo tudo; elas me atropelam, me provocam, e eu gosto. Como se quem me apertasse o gatilho não conhecesse o perigo da munição. Gostar? Meus mais inofensivos desejos são poemas a quem me é bonito; Meus desejos delinquentes eu não digo. Eles são muito transparentes.