sexta-feira, agosto 27, 2004

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Tres meses. E não era nem pra ser Trajana. Era pra ser nem sei, tinha outro nome, tava pensando em falar da minha solidão, voltar a escrever um pouco, me comunicar com a minha irmã, falar de outras coisas, de espiritualidade, sei lá. Pai nosso que estais no céu, porque ninguém que valha a pena, porque ninguém que me apareça que eu queira, que me queira? Fazia tempos que um amor não dava as caras. E eu na caverna, e eu muito sério. E de repente Riberta. E parece brincadeira, virou uma história de amor. A mais séria da minha vida. Muito cuidado com o que você pede. No dia dos namorados, 11 de junho, foi assim: enlouqueci. E só Riberta e só Riberta e aí virou Trajana e eu que não tinha a mínima idéia do que seria isto, pois de repente tantos poemas, e junto tanta gente boa, e links e comentários. O cara de um tema só. Há tempos queu não lia tanto. E tanta coisa bonita. Mas agora eu tenho medo. E a despeito de poemas emocionados e elegias, eu sofro. Sofro porque tenho medo. Dela não corresponder. Disto passar. Dela atravessar a rua. De eu não ser capaz. Sofro de medo de sofrer. Passei a me preocupar. Se sou bonito o suficiente, se atraente, se trepo bem, se ganho o suficiente, se ela gosta. Passei a me desdobrar. A me comparar. E a ter ciúmes. Depois de tanto tempo e de tanta idade, um amor adolescente. E de repente não consigo nem mais trabalhar, porque só penso nela em obsessão. E milhões de poemas e idéias e presentes, e trabalho menos ainda e bem menos tempo, porque agora também leio, visito, comento e tenho um blog. Isto não vai dar certo.

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