(uma história de amor ou sobre as coisas que acontecem de repente e quando menos esperamos já estamos enrolados e aí é queu quero ver)
quarta-feira, junho 30, 2004
Que São Paulo que nada
Saio voado pro aeroporto, cheques, decisões, mandos e desmandos, reuniões, agravos, desagravos, fica tudo prá semana, acabou o trimestre, Rilson está em ritmo de amor-novo, quer ver o sol, o céu, sentir a maresia na saída do avião, andar de bike, tomar banho vendo o mar, virar criança, ir passear...
segunda-feira, junho 28, 2004
Conversão pós-fim de semana
Que me desculpem as louras agora
Mas ser morena é ser fundamental
O dourado já era
Dum dia pro outro ficou demodé
Mesmo que real lisinho
ou mesmo de farmácia com chapinha
Agora ferrou tudo
A nata agora é ser morena do sorriso claro
Como claros são os jambos olhos de Riberta
quinta-feira, junho 24, 2004
Agora já sei porque
Chega de pajear e vamos pro prazer
Você é envolvente e me fez gostar da sua companhia
Estes olhinhos espertos
Um sorriso que derruba
Gostei de te dar uns beijinhos
Mordiscar de leve os cabelos da nuca
Guiar tua cabeça num exercício pro futuro
E te encostar
Os instintos seguindo seu curso
Tuas mãos nos meus bolsos
E abraços de urso
segunda-feira, junho 21, 2004
Explicação do Blog
Como passei a ve-la em todo canto
Resolvi então fazer um blog pra Riberta
(-Mas se eu nem dormi com a moça ainda, criar um blog!!)
Mas o que faria então se meu imaginário me povoa de poemas
E imagino olhares
Revisito fotos
Redescubro frases
Vivo vendo textos imagens e ação?
Já prevejo assim dezenas os poemas
Frases que eu lapido sem pensar
Imagino a moça nua enquanto viro a esquina
Seu sorriso me distrai enquanto estou no mar
Sempre saio pra surfar fim de semana
E no meio de orações aos borbotões
A luz emana
E fico lá te cultivando horas
terça-feira, junho 15, 2004
Contato
Bati no olho de Riberta assim que a vi
E me alinhei como um planeta gravitando
O vento batendo e eu só te vendo
de sainha e sandalinha andando pelas pedras
(os pés-de-pato, bonitinha
será que está sozinha, será que deu contato?)
E me fingi estar ali sem te querer mas já querendo
Era dia feriado
Mês dos namorados
A rua cheia de perigos
Na praia cerveja e risos
No buzim o burburim
Quis te beijar no guapoloco
E ri de mim
(Ou chorei, nem sei)
Foi nem por pouco
Mas foi bom
Passei a escrever
Nunca mais dormi
Voltei ser eu de novo
quarta-feira, junho 02, 2004
Antes da Tempestade (sobre poema de Magda Almovodar)
É noite ainda e estou acordadão
Meio sonado meio sonâmbulo meio tristonho
A chuva lá fora brilha
Olho o teto o morro a cidade e a janela
Os pingos e as luzes
Mas não vejo meus sonhos nem sinto o peso de um braço
(Tive um há poucas horas
Mas não me preocupei tanto como Magda em não acordá-la
Era sexo mas muito mais amizade e eu tinha mais o que fazer)
Não me espreguiçarei (embora tenha vontade) para que não se espante este meu sono raro
E penso nos vestígios da noite passada
Sentado ainda pelado na minha Giroflex
Olho a minha cama, o meu colchão no chão
E só sei que não sei em quem repousarei depois do amor
Porque faz tempo um amor não dá as caras
Não daqueles que deixem no meu pau um cheiro bom de ficar cheirando
Como os do passado, os que eu me lembro bem
Os que me faziam dormir pesado e saciado
Totalmente encaixado
E me masturbar lembrando
Saio do quarto e preparo um café para dormir
Sem pão, sem porra nenhuma
Não vou mais tomar banho
(tomei um mais cedo
me ensaboaram, massagearam, foi gostoso mas dejá vu )
E como mesmo no quarto
Sem bandeja
De frente pro laptop
No espelho do armário me olho de novo, nu
Me acaricio levemente
E penso que devo aparar os pentelhos (sic)
Observo os músculos definidos de minhas coxas
O meu membro pendurado
E uma barriguinha que só eu vejo mas me incomoda
Já fui bem mais poderoso
Acho que estou ficando um bundão
Onde a mulher linda e saborosa que deveria estar ali deitada,
Dormindo pesado
E eu ali em pé, de pé, alerta, masculino, felino, faminto?
Os meus recentes passeios eróticos tem sido quando muito, burocráticos
Aos meus lugares exóticos tenho ido eu e meu laptop...
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