(uma história de amor ou sobre as coisas que acontecem de repente e quando menos esperamos já estamos enrolados e aí é queu quero ver)
segunda-feira, julho 26, 2004
Chicago is too far
Saudade é um pássaro preto bem preto que vem todo dia com o bico amarrado me visitar. Saudade é seu nome e seu bico amarrado me lembra das vezes em que me calei, seu bico algemado apertado colado me lembra das bocas que já beijei.
Saudade é de espécie que cresce e não voa distâncias na ânsia de procriar, mas nasceu de rapina e sua sina é crescer e bicar com seu bico amarrado os coitados que tentam amar, é mexer na ferida roída mordida doída e deixar sangrar.
Saudade revoa de bico fechado jogando em dois lados sem nada mostrar, afinal que pássaro a toa iria falar do que sentem da gente as pessoas que achamos pra amar?
Saudade não sabe, mas todos querem mata-la, e se ao menos dissesse, se ao menos nos desse alguma pista que fosse, mas não, saudade emudece, saudade é uma ave malvada que come calada pedaços de coração.
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